sexta-feira, 7 de junho de 2019

Algodão colorido

            Assim como pensamos em algodão, logo nos vem à cabeça algo fofo, delicado e bem branquinho, não é mesmo? Mas atualmente isso vem mudando, graças a pesquisas avançadas e eficientes da Embrapa Algodão, de Campina Grande, na Paraíba. Ao mesmo tempo essas pesquisas, o meio ambiente e os trabalhadores eram agredidos com o uso de altas doses de agrotóxicos cogentes para combater as pragas do algodão, e igualmente pelo processo de tingimento químico, altamente poluidor e prejudicial, de tecidos e fios do algodão branco.
            Em frente a tudo isso, pesquisas foram iniciadas propendendo a apresentar um produto menos poluente e mais ecológico. De acordo com o analista da Embrapa Algodão, Waltemilton Cartaxo, assim como algum pé de algodão apresentava-se colorido, era obtido separadamente e avaliado, passando a compor o banco de germoplasma da Embrapa. No início da pesquisa, as fibras de cores avivadas foram ponderadas conforme suas particularidades tecnológicas e sua operosidade, mas infelizmente foi averiguado que essas fibras não tinham resistência, o que impossibilitava o seu processamento têxtil. Em vista disso, os pesquisadores principiaram a verificar quais constituiriam os genes responsáveis pela cor da fibra e igualmente pela sua resistência e, a partir disso, principiaram os melhoramentos genéticos convencionais, aumentando cinco padrões de algodão colorido, todos resistentes e adaptados aos mais modernos e indiscutíveis processos têxteis.
            As variedades que foram ampliadas foram nomeadas de concordata com sua cor, BRS verde, BRS 200 marrom, BRS safira, BRS rubi e BRS topázio, sendo que, com o avanço das analisas, em um futuro próximo teremos igualmente o algodão natural nas cores azul e preta. Todas essas multiplicidades de algodão reduzem os custos de produção na indústria têxtil, além de impedirem o uso de corantes e o lógico despejo de efluentes líquidos e tóxicos, sendo, assim, um algodão ecológico e menos poluente.
            O principal local onde estão sendo cultivadas essas variedades de algodão é no sertão da Paraíba, no Nordeste brasileiro. Em Campina Grande, na Paraíba, foi aperfeiçoada uma cooperativa (Coopnatural) que conduz toda a cadeia produtiva do algodão colorido, desde seu plantio até o produto final, sendo que o algodão colorido é extraordinário fonte geradora de renda para muitas famílias.

Fonte: https://mundoeducacao.bol.uol.com.br/biologia/algodao-colorido.htm

quinta-feira, 17 de julho de 2014

Moluscos

Ao passear na areias de uma praia, muitas pessoas gostam de admirar e pegar conchinhas trazidas pelas ondas. Essas conchinhas são de diversos tamanhos, formas e cores. Muitas vezes, se tornam bijuterias, pequenos enfeites, ou até mesmo elementos de uma coleção.
Os moluscos têm uma composição frágil, são animais de corpo mole, mas a maioria deles possui uma concha que protege o corpo. Nesse grupo, encontramos o caracol, o marisco e a ostra. Há também os que apresentam a concha interna e reduzida, como a lula, e os que não têm concha, como o polvo e a lesma, entre outros exemplos.

A concha da ostra protege de predadores, da dissecação etc.

A concha é importante para proteger esses animais e evitar a perda de água. Ela é produzida por glândulas localizadas sob a pele, uma região chamada de manto.
Ela não é uma parte viva do corpo do molusco; conforme o animal aumenta de tamanho, novo material é acrescentado à concha, que pode variar de forma e tamanho e ser formada por uma ou mais peças.

Onde vivem os moluscos
Você pode encontrar moluscos no mar, na água doce e na terra. Por exemplo: o caramujo e a lesma ficam em canteiros de  horta, jardim, enfim, onde houver vegetação e a terra estiver bem úmida, após uma boa chuva; ficam também sobre plantas aquáticas em lagos, beira de rios etc. O grande caramujo marinho vive se arrastando nas rochas ou areias no fundo do mar. Já as ostras e o marisco fixam-se nas rochas no litoral, enquanto a lula e polvo nadam livremente nas águas marinhas.
No tempo em que ainda não havia vida no ambiente terrestre, os moluscos - com a sua concha protetora - já habitavam os mares. O caramujo do mar é uma das espécies que têm 500 milhões de anos de história. Portanto ele já existia há alguns milhões de anos antes dos peixes surgirem no mar. Fósseis revelam que esses seres, atualmente pequenos, foram, no passado, bem maiores, pois há concha fóssil de 2,5 metros.

O corpo dos moluscos
Como já vimos, os moluscos têm corpo mole. A sua pele produz uma secreção viscosa, também conhecida por muco, que facilita principalmente a sua locomoção sobre troncos de árvores e pedras ásperas, sem machucar o corpo.
O corpo desse tipo de animal é composto por: cabeça, pés e massa visceral. A massa visceral fica dentro da concha e compreende os sistemas digestório e reprodutor.



Classificação dos moluscos
A forma e o tipo da concha são alguns dos critérios usados na classificação dos moluscos. Atualmente, esses animais estão divididos em três classes: os gastrópodes, os bivalves e os cefalópodes.

Gastrópodes
A concha única, em espiral, é característica típica do grupo dos gastrópodes. Por essa razão, são chamados univalves (uni significa "única", e valve, "peça").
Entre os gastrópodes, estão o caracol e o caramujo; a lesma, apesar de não apresentar conchas ou apresentá-la muito reduzida, também está incluída nesse grupo.
Os gastrópodes são animais aquáticos ou terrestres de ambiente úmido. Os aquáticos respiram por meios de brânquias, enquanto os terrestres apresentam pulmões.
A cabeça da lesma, do caracol e do caramujo possui dois pares de tentáculos, semelhantes na aparência a antenas. Os olhos ficam nas extremidades do par de tentáculos mais longos.


Caracol e seus tentáculos

Na boca, existe a rádula, um tipo de "língua raspadora" que facilita a alimentação desses animais.

Microscopia eletônica da rádula raspadora.
Bivalves
Os bivalves apresentam concha com duas peças fechadas por fortes músculos (bi significa "duas", e valve, "peça"). São seres aquáticos e, em geral, vivem no ambiente marinho.
Eles são animais filtradores, isto é, retiram o alimento da água. Não possuem cabeça, nem rádula (são os únicos moluscos desprovidos dessa espécie de língua). Sua massa visceral fica totalmente protegida pela concha. O pé se expande para fora quando as conchas se abrem.
A respiração desses animais é branquial; as conchas permitem que uma corrente de água circule entre as brânquias, que absorvem e filtram o oxigênio dissolvido na água. Em relação à reprodução em geral os sexos são separados, e a união dos gametas, ou seja, a fecundação, é externa.


Na água, a fêmea solta os óvulos, e o macho solta os espermatozóides. As células se encontram, ocorre a fecundação e se forma os ovos.

Cefalópodes

Polvo
Cefalópode é uma palavra de origem grega; vem de Kephale, que significa "cabeça", e de pode, "pé". Designa um grupo de moluscos do qual fazem parte o polvo e a lula.
A concha pode não existir (como no polvo), ser interna e reduzida (como na lula) ou ser externa (como no náutilo).
Os cefalópodes apresentam cabeça grande, olhos bem desenvolvidos e rádula dentro da boca. Possuem oito, dez ou mais tentáculos, que são "braços" alongados.


Lulas gigantes

Nautilos


Esses animais têm a circulação fechada - isto é, o sangue só circula no interior dos vasos, diferente dos outros moluscos.
A respiração é branquial. Eles têm um sistema nervoso bastante desenvolvido se comparado ao de outros invertebrados. Além da visão, o olfato é bem apurado.
Esses moluscos, em geral, têm sexos separados e a fecundação é interna. Há pesquisas que indicam que algumas espécies de polvo cuidam dos filhotes, protegendo-os dos predadores.
Como recurso de defesa, alguns moluscos contam com a camuflagem. Ao mudarem de cor são confundidos com o ambiente. A lula e o polvo, por exemplo, expelem uma substância escura na água. Isto confunde os predadores desses moluscos, permitindo a sua fuga. 
Os moluscos e o meio ambiente

Por séculos, os navios carregaram lastro sólido, na forma de pedras, areias ou metais. Atualmente, as embarcações usam a água como lastro, o que facilita bastante a tarefa de carregar e descarregar um navio, além de ser mais econômico e eficiente do que o lastro sólido. Mas o que é lastro?
Quando um navio está descarregado, ou seja, sem carga, fica muito leve. Para que não haja perigo de flutuação, os seus tanques recebem água de lastro para manter a estabilidade, o balanço e a integridade estrutural. Quando o navio é carregado e fica mais pesado, a água deixa de ser necessária e é lançada ao mar. Um sério problema ambiental surge quando a água dos lastros contém vida marinha.
Um navio, por exemplo, enche seus porões com água do mar e um porto brasileiro, no oceano Atlântico, e viaja até Hong Kong, na China. Lá ele recebe carga e despeja o lastro no oceano Pacífico. Ao fazer isso, esse navio provavelmente introduz espécies de um ecossistema em outro diferente; porque, com a água do mar, entram e saem do navio milhares de espécies marinhas, tais como bactérias e outros micróbios, pequenos invertebrados e ovos, cistos e larvas de diversas espécies.
  • Que efeitos isso pode provocar nas cadeias e teias alimentares do local onde essa espécies estão sendo introduzidas?
  • Haverá competição entre espécies que ocupam nichos ecológicos semelhantes?
  • Espécies naturais daquele ambiente desaparecerão?
  • Espécies introduzidas de outros ecossistemas podem se reproduzir de forma intensa se não tiverem predadores que façam o controle?
Essas são apenas algumas das perguntas a serem feitas em relação a essa questão.
Estima-se que o movimento de água de lastro proporcione o transporte diário de pelo menos 7 mil espécies entre diferentes regiões do globo. A grande maioria das espécies levadas na água de lastro não sobrevivem à viagem por conta do ciclo de enchimento e despejo do lastro, bem como das condições internas dos tanques, hostis à sobrevivência dos organismos.
Mesmo para aqueles que continuam vivendo depois da jornada e são jogadas no mar, as chances de sobrevivência em novas condições ambientais, incluindo ações predatórias e/ou competições com as espécies nativas - são bastante reduzidas.
No entanto, quando todos os fatores são favoráveis, uma espécie introduzida, ao sobreviver e estabelecer uma população reprodutora no ambiente hospedeiro, pode tornar-se invasora, competindo com as espécies nativas e se multiplicando em grandes proporções.
Além dos desequilíbrios ambientais, bactérias causadoras de doenças podem ser introduzidas e provocar a contaminação de moluscos filtradores, como a ostra e o mexilhão, utilizados na alimentação humana, causando paralisia e até mesmo a morte.
A lista segue com centenas de exemplos de importantes impactos econômicos e ecológicos, que afetam a saúde do ser humano em todo o mundo. Teme-se, inclusive, que doenças, como o cólera, possam ser transportadas na água de lastro.
Em casos de derramamentos de óleo, há vários procedimentos para buscar a recuperação do meio ambiente, mas, ao contrário desta e de outras formas de poluição marinha, o efeito das espécies marinhas invasoras é irreversível, na maioria dos casos, e representa uma das maiores ameaças aos oceanos do mundo!

Solução à vista!
O governo brasileiro assinou, em 2005, em Londres, a Convenção Internacional sobre Controle e Gestão de Água de Lastro e Sedimentos de Navio. A Convenção, aprovada em fevereiro do ano passado pela Organização Marítima Internacional (IMO, sigla em inglês), tem por objetivo reduzir a introdução de espécies exóticas por meio da água de lastro dos navios. A adoção de uma nova convenção sobre água de lastro vinha sendo discutida há 10 anos, por causa das grandes implicações econômicas e ambientais. O Brasil foi o segundo país a assinar o acordo que depende da adesão de 30 países, que representem 35% da tonelagem da frota mundial, para entrar em vigor.
Para antecipar a convenção internacional, que pode demorar até 20 anos para entrar em vigor, a Marinha do Brasil está discutindo a publicação de uma Norma de Autoridade Marítima (Normam), determinando que todos os navios que se destinarem aos portos brasileiros troquem a água de lastro, ao menos, a 200 milhas da costa e a 200 metros de profundidade.
fonte; http://www.sobiologia.com.br/conteudos/Reinos2/moluscos3.php


Gralha Azul

Não existe no Brasil uma ligação tão estreita de uma ave com um Estado, como a da Gralha-azul com o Paraná.
Gralha azulO pinhão, semente da araucária, árvore-símbolo do Estado do Paraná, é o principal alimento da Gralha-azul no inverno. Graças a essa feliz interação, a Gralha-azul e o pinheiro têm conseguido se perpetuar através dos tempos, não só na natureza mas também no coração dos paranaenses.
A Gralha-azul é uma espécie relativamente grande (39cm) de um azul reluzente, cabeça, pescoço e peito negros, penas da fronte arrepiadas formando uma espécie de topete, bico forte e cauda comprida. Vive na mata, gosta de se reunir em bandos nos pinheiros, que ajudam a disseminar, pelo ato de desmanchar a pinha no galho, comendo somente um ou outro pinhão, enquanto a maioria das sementes, cai no solo e germina. 
A Gralha-azul tem o hábito de enterrar pinhões. No vídeo anexo (clique aqui para ver a Gralha-azul enterrando um pinhão) pode-se ver que ela segura o pinhão no bico de modo que a parte mais pontiaguda seja introduzida no solo. Encontrado o local correto, ela pressiona-o a entrar, conferindo-lhe golpes com o bico, até a completa introdução. E conclui seu trabalho colocando algum material das redondezas (folha, pedra, galho) em cima do local remexido, de forma a camuflar ou disfarçar o feito realizado.
Além de contribuir na tarefa de reflorestar o Paraná, a Gralha-azul, é um símbolo protegido por lei. Diz a Lei Estadual Nº. 7957 de 12 de novembro de 1984, no Artigo 1º:  “É declarada ave-símbolo do Paraná o passeriforme denominado Gralha-azul, Cyanocorax caeruleus, cuja festa será comemorada anualmente durante a semana do meio ambiente, quando a Secretaria da Educação promoverá campanha elucidativa sobre a relevância daquela espécie avícola no desenvolvimento florestal do Estado, bem como no seu equilíbrio ecológico”.

Amensalismo e parasitismo

O piolho é um parasita que se associa ao homem, seu hospedeiro
O piolho é um parasita que se associa ao homem, seu hospedeiro
O amensalismo e parasitismo são duas relações ecológicas que ocorrem entre espécies distintas (interespecíficas) e têm em comum o fato de que, em ambas, uma espécie prejudica o desenvolvimento da outra.

No amensalismo, a inibição do desenvolvimento de indivíduos de determinada população ocorre sem que haja o favorecimento da espécie causadora desse quadro. A destruição de plantas e pequenos seres vivos por animais de grande porte, como elefantes, ao caminhar, é um exemplo. A liberação de toxinas por dinoflagelados, no fenômeno das marés vermelhas, prejudicando os seres que vivem nesse hábitat, é outro exemplo.

Existe um tipo particular de amensalismo, chamado antibiose, que consiste na inibição do desenvolvimento de indivíduos de uma população graças à excreção de substâncias por uma parte de outra espécie. A penicilina, excretada por fungos do Gênero Penicillium, foi e ainda é amplamente utilizada para o tratamento de inúmeras infecções bacterianas, graças à descoberta acidental dessa relação entre os tais organismos, por Fleming, em 1928.

Já o parasitismo é uma relação na qual um organismo (o parasita) se associa a outro ser vivo (o hospedeiro) com a finalidade de se alimentar às suas custas. Quando isso ocorre externamente, seja na pele, pelo ou cabelos, falamos em ectoparasitismo. Já em situação na qual o parasita vive dentro do organismo do indivíduo afetado, como bactérias e vermes, trata-se de endoparasitismo. Geralmente, as características que não conferem vantagens ao parasita estão ausentes ou são atrofiadas; como é o caso do sistema digestório e órgãos dos sentidos.

Parasitas tendem a causar debilidade no indivíduo afetado, mas raramente causam sua morte. Vírus, bactérias, protozoários e vermes são os grupos de seres vivos mais conhecidos em termos de parasitismo. Tal relação também existe entre plantas: o cipó-chumbo, por exemplo, retira substâncias orgânicas de outros vegetais, para garantir sua nutrição.

Existem, ainda, mais duas formas de predatismo: o esclavagismo, em que indivíduos de uma espécie capturam outros de espécie distinta, para que estas, ao crescerem, vivam como operárias, buscando alimento para seus parasitas; e o parasitismo social, no qual determinados animais fazem com que outra espécie cuide de seus filhotes: estratégia bastante utilizada entre cucos e outras aves (seus hospedeiros).
Por Mariana Araguaia
Graduada em Biologia
Equipe Brasil Escola

Fonte:http://www.brasilescola.com/biologia/amensalismo-e-parasitismo.htm

Biocombustíveis

Os biocombustíveis são fontes de energia renováveis, o que significa dizer que permitem a ciclagem da matéria na natureza. São obtidos a partir da cana-de-açúcar, do milho, de oleaginosas, resíduos agropecuários, dentre outras fontes.
Ciclo dos biocombustíveisOs biocombustíveis, como o biodiesel e o etanol (álcool etílico), têm aparecido com frequência na mídia como alternativas para contenção do aquecimento global. Isso acontece porque os biocombustíveis permitem uma ciclagem do gás carbônico (CO2), apontado como um dos vilões do aquecimento global.
Veja no quadro ao lado o que ocorre quando se usa um biocombustível.
Como se pode ver na figura ao lado, o CO2 eliminado pelo veículo é reutilizado pelas plantas para a produção de mais biomassa, através da fotossíntese.
Parte dessa matéria orgânica produzida é usada para a produção de mais biocombustível, com devolução de CO2 para a atmosfera. Dessa forma, o equilíbrio consumo-liberação de CO2 pode ser estabelecido e a concentração do CO2 pode estabilizar.
Com os combustíveis fósseis (gasolina, óleo diesel, carvão, gás natural) esse equilíbrio não acontece.

Entenda o porquê:
petróleo foi formado há milhões de anos (período Carbonífero), provavelmente de restos de vida aquática animal acumulados no fundo de oceanos primitivos e cobertos por sedimentos. Com ação da alta pressão e temperatura, o material depositado sofreu uma grande quantidade reações químicas, originando massas viscosas, de coloração negra – as jazidas de petróleo. Quando queimado ocorre, então, liberação de CO2  que foi retirado da atmosfera do planeta há milhões de anos. Como não há nenhum mecanismo atual para capturar esse CO2 para produção de mais petróleo (que é considerado um recurso não renovável), o uso desses combustíveis acaba promovendo um aumento na concentração de CO2 na atmosfera. Como curiosidade, para cada 3,8 litros de gasolina queimados, 10 kg de CO2 são liberados para a atmosfera.

1. Vantagens de uso dos biocombustíveis
- Possibilita o fechamento do ciclo do carbono (CO2), contribuindo para a estabilização da concentração desse gás na atmosfera (isso contribui para frear o aquecimento global);
- No caso específico do Brasil, há grande área para cultivo de plantas que podem ser usadas para a produção de biocombustíveis;
- Geração de emprego e renda no campo (isso evita o inchaço das cidades);
- Menor investimento financeiro em pesquisas (as pesquisas de prospecção de petróleo são muito dispendiosas);
- O biodiesel substitui bem o óleo diesel sem necessidade de ajustes no motor;
- Redução do lixo no planeta (pode ser usado para produção de biocombustível);
- Manuseio e armazenamento mais seguros que os combustíveis fósseis.

2. Desvantagens do uso dos biocombustíveis
- Consome grande quantidade de energia para a produção;
- Aumento do consumo de água (para irrigação das culturas);
- Redução da biodiversidade;
- As culturas para produção de biocombustíveis consomem muitos fertilizantes nitrogenados, com liberação de óxidos de nitrogênio, que também são gases estufa;
- Devastação de áreas florestais (grandes consumidoras de CO2) para plantio das culturas envolvidas na produção dos biocombustíveis;
- Possibilidade de redução da produção de alimentos em detrimento do aumento da produção de biocombustíveis, o que pode contribuir para aumento da fome no mundo e o encarecimento dos alimentos;
- Contaminação de lençóis freáticos por nitritos e nitratos, provenientes de fertilizantes. A ingestão desses produtos causa problemas respiratórios, devido à produção de meta-hemoglobina (hemoglobina oxidada);
- A queima da cana libera grandes quantidades de gases nitrogenados, que retornam ao ambiente na forma de “chuva seca” de fertilizantes, segundo pesquisa do químico ambiental Arnaldo Cardoso e publicada na revista “Unesp Ciência, edição de fevereiro de 2010.  Nos ambientes aquáticos, o efeito é muito rápido: proliferação de algas, com liberação de toxinas e consumo de quase todo oxigênio da água, o que provoca a morte de um grande número de espécies.
A queima da palha da cana espalha fertilizante pelo ar
Crédito: Sandro Falsetti / 'Unesp Ciência' fevereiro de 2010, pág. 43.

Como se vê, os biocombustíveis não são a grande solução para o problema energético do mundo. É necessário repensar sobre o uso de outras formas alternativas de energia, como a eólica e a atômica (que vem ganhando força no mundo científico).

Fonte; http://www.vestibulandoweb.com.br/biologia/teoria/biocombustiveis.asp

domingo, 6 de abril de 2014

Gimnospermas e angiospermas

Floresta de coníferas no norte da Califórnia. As coníferas são o grupo mais numeroso e de maior distribuição geográfica entre as gimnospermas: são cerca de 50 gêneros e 550 espécies.
Floresta de coníferas no norte da Califórnia. As coníferas são o grupo mais numeroso e de maior distribuição geográfica entre as gimnospermas: são cerca de 50 gêneros e 550 espécies.
Uma das maiores inovações que sugiram no decorrer da evolução das plantas vasculares foi a semente. Essa estrutura protege e alimenta o embrião dos vegetais, justamente nos estágios mais delicados da germinação. Por isso, as gimnospermas e angiospermas (também chamadas de fanerógamas), têm vantagem sobre os grupos de vegetais que se reproduzem por meio de  esporos. A prova disso é que existe um número muito superior de espécies vegetais produtoras de sementes do que de plantas fazem uso de esporos para se propagar.
As angiospermas são as plantas que apresentam o maior sucesso evolutivo nos dias atuais -- se compararmos o número de espécie de angiospermas e gimnospermas, poderemos notar que o primeiro grupo de plantas conta com cerca de 235 mil espécies viventes contra 720 espécies do segundo grupo. Isso significa que as angiospermas sofreram inúmeras mutações gênicas para poderem se adaptar aos mais variados tipos de ambiente.
Contudo, para melhor compreender esse grupo de plantas, é preciso voltar no tempo e analisar como viviam suas ancestrais. Por volta de 360 milhões de anos atrás, no final do Período Devoniano e início do Carbonífero, o movimento das placas tectônicas promoveu sérias mudanças no clima da Terra: o clima quente e úmido, tornou-se muito frio e seco. Além disso, o nível do mar sofreu redução entre 100 e 200 metros. Nesse contexto, as plantas ancestrais das gimnospermas e angiospermas, as progimnospermas iniciaram sua jornada evolutiva.
A ancestralidade das progimnospermas com as fanerógamas atuais  se comprova pela presença de uma estrutura chamada câmbio vascular bifacial – em outras palavras, um tecido que produz xilema e floema secundário. Esse é um detalhe interessante, porque o câmbio vascular bifacial só existe nas plantas produtoras de sementes, ou seja, gimnospermas e angiospermas.

Semente nua

Por meio das gimnospermas, pela primeira vez na história evolutiva das plantas, aparecem a semente e a flor. As flores desses vegetais são chamadas de estróbilos ou pinhas e são polinizadas pelo vento. Por serem mais primitivas que as angiospermas, as flores das gimnospermas não liberam a ferramenta necessária para atrair polinizadores -- o perfume.  A palavra "gimnosperma" significa "semente nua" e essa denominação se deve ao fato dos óvulos e sementes ficarem expostos sobre as superfícies dos esporófilos, ou seja, sem a proteção do fruto, como ocorre com as angiospermas.
Esse grupo de vegetais foi o primeiro a conquistar, de forma definitiva, o ambiente terrestre pois a fecundação não depende mais da água para acontecer e, ainda, o embrião fica protegido contra a desidratação em uma "capa" que também contém nutrientes para o seu desenvolvimento -- tudo isso é a semente. Por isso, as gimnospermas são consideradas os "répteis" do Reino Plantae. Muitas vezes, os nomes das estruturas das plantas assusta, num primeiro momento, mas não é complicado se os termos técnicos forem "traduzidos" para a linguagem do cotidiano: por exemplo, as gimnospermas e angiospermas são espermatófias ou seja, produtoras de sementes. Também, quando se fala sobre plantas vasculares, significa que elas possuem raiz, caule e folhas.

Grupos de Gimnospermas

As gimnospermas se dividem em quatro grupos: Cycadophyta (cicadáceas), Ginkgophyta (ginkgos), Coniferophyta (coníferas) e Gnetophyta (gnetófitas).
As coníferas são o grupo mais numeroso e de maior distribuição geográfica, dentre as gimnospermas: são cerca de 50 gêneros e 550 espécies. Nesse grupo, está a árvore mais alta do mundo, a sequóia (Sequoia sempervirens), que pode atingir mais de 117 metros de altura e seu tronco chega aos 11 metros de diâmetro
Os pinheiros são as gimnospermas mais comuns, com mais ou menos 90 espécies e, assim como as outras coníferas, suas folhas são adaptadas a ambientes áridos. Mas as peculiaridades das "arvores de natal" não para por aí: muitas espécies produzem sementes aladas, para que o vento as carregue por grandes distâncias e, algumas espécies como o Pinus contorta, desenvolveram estróbilos que só liberam as sementes quando expostos a altas temperaturas -- após um incêndio em um bosque desses pinheiros, as árvores ficam queimadas, mas seus estróbilos se abrem, liberam as sementes e a espécie se restabelece (isso em condições naturais, sem a interferência humana).

Ciclo de vida das Gimnospermas

O ciclo de vida de todos os vegetais é chamado haplodiplobionte, pois apresenta uma fase haplóide (n) e uma fase diplóide (2n). O ciclo de vida do Pinheiro do Paraná, também conhecido por araucária, é exemplo clássico do ciclo de vida das gimnospermas e, acontece da seguinte maneira: As células-mãe dos grãos de pólen (microsporócito) dividem-se por meiose e, cada estrutura dessa produz quatro micrósporos haplóides (n). Os micrósporos transformam-se em grãos de pólen que, são liberados e carregados pelo vento. Então, quando o gameta masculino atinge o óvulo, inicia-se a germinação e a formação do tubo polínico.
Mais ou menos depois de 30 dias, o megasporócito sofre mitose e nasce uma estrutura chamada megagametófito, que, por sua vez, origina os arquegônios. Após 15 meses, o tubo polínico atinge a oosfera e ocorre a fecundação -- forma-se, então, o zigoto que vai se transformar em embrião. Quando a semente está madura, o embrião já possui estruturas precursoras da raíz, caule e folhas -- então,  a semente cai no solo para germinar.
Segue abaixo um esquema simplificado desse ciclo:

Angiospermas

A maioria das plantas que conhecemos são angiospermas, que pertencem à divisão Antophyta das gimnospermas. Essas plantas correspondem a pelo menos 230 mil espécies, ou seja, são o maior grupo de seres fotossintetizantes. Do eucalipto, com mais de 100 metros, até plantinhas com 1 mm de comprimento, as angiospermas literalmente são campeãs em diversidade de vida vegetal na Terra.
As angiospermas se dividem em duas classes: monocotiledôneas (como a cana-de-açúcar) e dicotiledôneas (como o feijão). Para saber a qual desses grupos uma planta pertence, deve-se reparar nas características da folha: se ela tiver uma nervura no meio, dividindo-a em duas partes, como as folhas de uma roseira, ela será dicotiledônea e, se não apresentar essa característica, será monocotiledônea. Abaixo, o quadro ilustra as principais diferenças entre essas duas classes de angiospermas:
Apesar das angiospermas compartilharem com as gimnospermas aspectos reprodutivos básicos, elas diferem em muitas características. Por exemplo, a flor apresenta carpelos e, nas sementes, o alimento  fica armazenado em uma estrutura chamada endosperma.
As flores das angiospermas produzem néctar, substância nutritiva que atrai animais polinizadores, ou seja, que levam o pólen de uma planta para outra e, assim, ocorre a união dos gametas. Então, forma-se o embrião que fica protegido dentro de uma semente -- e ela fica envolta no fruto, característica especial desse grupo de vegetais.
Algumas angiospermas desenvolveram interdependência com determinadas espécies de animais, ou seja, apenas uma espécie de animal pode disseminar a planta. Um bom exemplo disso é a relação do lobo-guará com a lobeira: essa planta só germina se suas sementes passarem pelo trato digestório do maior canídeo sul americano.
Todos os aspectos atrativos das flores, como o aroma e as cores são artifícios criados pelas angiospermas para atrair animais polinizadores, como morcegos, abelhas, aves, etc. Essas adaptações são uma grande vantagem de sobrevivência em relação aos outros grupos vegetais. Para se ter uma idéia, só as abelhas formam um batalhão de 20 mil espécies de polinizadores.

A Flor

As flores, de maneira geral, são formadas pelas seguintes estruturas:
Pêndulo: Eixo de sustentação;
Receptáculo: Dilatação do pêndulo;
Cálice: Conjunto de sépalas com a função de proteger o botão floral;
Corola: Conjunto de pétalas;
Androceu: estames, que formam o sistema reprodutor masculino;
Ginenceu: Sistema reprodutor feminino (pistilo)
Filete: estrutura que sustenta a antera.
Antera: abriga os sacos polínicos (onde se formam os micrósporos). Após sofrer mitose, cada micrósporo se transforma em um grão de pólen.
Abaixo, você pode conferir o desenho esquemático de uma flor:
Os esporófilos femininos de uma angiosperma são os carpelos e, cada um é formado pelo estigma, estilete e ovário. A reprodução desse grupo de vegetais apresenta três etapas básicas: polinização, germinação do grão de pólen, e fertilização. Depois que ela acontece, o óvulo se transforma na semente e o ovário no fruto.
O esquema abaixo, ilustra o ciclo reprodutivo de uma angiosperma:
O quadro abaixo resume as principais diferenças entre as Gimnospermas e Angiospermas:


Por: Mariana Aprile 
Fonte:  http://educacao.uol.com.br/disciplinas/biologia/gimnospermas-e-angiospermas-uma-historia-de-sucesso-vegetal.htm Acesso em: 06/04/2014

Lobo Guará



Lobo-guará é capturado em edifício no Jardim das Paineiras,em Campinas (Foto: Rodrigo Ensinas) 
(Foto: Rodrigo Ensinas)
 
Por Fernando Rebouças
Tweetar
Canídeo cujo habitat é a América do Sul, exclusivamente em área de cerrado, visualmente aproxima-se ao aspecto de uma raposa. É uma espécie de hábitos noturnos; comem aves, cutias, répteis, cana-de-açúcar, peixes e até insetos.
Tem a média de vida de 13 anos, são selvagens, mas não são corajosos a ponto de avançar em qualquer ambiente ou situação. Desde uma portaria publicada pelo IBAMA em 1989, o lobo guará está na lista das espécies brasileiras ameaçadas de extinção.
A caça predatória e a diminuição do cerrado são as causas principais da extinção. O lobo guará gera seus filhotes somente no mês de junho, após o nascimento, a fêmea faz vigília da toca, enquanto que o macho busca alimentos.
Além do Brasil, o lobo guará pode ser encontrado no Paraguai, Bolívia e Argentina. No Brasil são encontrados na Chapada dos Veadeiros, Serra da Canastra, Parque das Emas, Serra do Cipó, Chapada dos Guimarães, Ilha Grande, Reserva Ecológica do Roncador e Serra da Bocaina. Possui 1,20 metros de comprimento, pêlo castanho claro avermelhado com manchas marrom, peso de 25 kg aproximadamente, e cerca de 70 cm de altura.

Classificação científica :

Reino : Animália;
Filo : Chordata;
Classe : Mammalia;
Ordem : Carnívora;
Família : Canidade;
Gênero : Chrysocyon;
Espécie : C. brachyurus.

http://g1.globo.com/sp/campinas-regiao/noticia/2014/03/lobo-guara-achado-em-subsolo-de-predio-e-solto-em-mata-de-campinas.html